[Tese] Imaginando, pensando, agindo: movimentos de significação de adolescentes mediados pela arte

Autora: Maura Assad Pimenta Neves / Orientadora: Vera Lucia Trevisan de Souza

Foto por Arantxa Treva em Pexels.com

Esta pesquisa teve como objetivo demonstrar que vivências com a arte são capazes de promover o desenvolvimento de adolescentes, sobretudo pelo elo entre imaginação e emoção que favorece novas significações sobre as condições de vida atual e futura, inclusive em relação à escola e ao conhecimento. Assume como aporte teórico-metodológico a Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Vigotski, visto as contribuições à compreensão do desenvolvimento da imaginação de adolescentes, e a opção pelo materialismo histórico e dialético. Trata-se de uma pesquisa-intervenção, caracterizada pelo desenvolvimento de atividades de frequência semanal com o 1º, 2º e 3º anos de cinco turmas do Ensino Médio diurno, do período de 2016 a 2018, de uma escola pública da rede estadual da região noroeste de Campinas/SP. De 91 encontros de 1h30min, realizados em parceria com seis professores, em cujas aulas eram desenvolvidos os encontros, foram selecionados 20 para a presente pesquisa. Os registros, que se configuraram como fontes de informações de pesquisa, foram: diários de campo produzidos pela psicóloga pesquisadora; transcrições das gravações dos encontros; produções dos estudantes; e diálogos em rodas de conversa realizadas a partir da apreciação de materialidades mediadoras como filmes, fotografias, pinturas e músicas. Como resultados encontramos que, se no primeiro ano nos voltamos a olhar para o envolvimento e o não envolvimento dos adolescentes, com o intuito de encontrar o que promovia a participação, compreendendo-a como condição à instituição de relações intersubjetivas, no segundo ano observamos que aqueles adolescentes que não se interessavam, ou aguardavam passivamente as propostas de atividades feitas pela psicóloga pesquisadora, se envolvem completamente, em um movimento de imprimir sua autoria nas atividades. E, no terceiro ano, mobilizam uns aos outros, criam as intervenções e atuam coletivamente, assumindo um posicionamento ativista transformador. Palavras-chave: Imaginação, Adolescente, Ensino Médio, Psicologia Escolar, Psicologia Histórico-Cultural.

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